Por que te afliges,
alma minha?
Observai a acácia
do teu jardim de inverno
e verás quão absurda é
a finitude que temei.
Ontem era outono
e suas folhas
cobriam o chão:
desintegraram-se
para integrar-se;
compor uma ordem
a que tudo obedece.
Assim também
contigo será:
ao inverno sucederá
a primavera
e à tua ignorância
a sabedoria se sobreporá.
Por que te afliges,
alma minha?
Entrega-te ao olhar
do Maestro
de que ninguém fugirá.
Ana Trajano
sábado, 23 de agosto de 2008
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Um comentário:
O encadeamento das idéias parece sugerir a ordem natural da mãe natureza. Um verdadeiro diálogo de alma limpa, como poucos conseguem fazer. Parabéns, Ana!!!
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