De lápis, régua e compasso em punho
Pus-me a traçar.
Linhas retas, curvas, diagonais
côncavos e convexos
figuras as mais distintas possíveis.
Estava a construir mundos e galáxias;
não aqueles de barro e cimento
pedra e concreto.
Tinha como meta algo mais simples,
porém esplendoroso e significativo:
arquitetar o inaudível e construir o invisível.
Criei, então, minha estação base
Alicercei-a de fé e amor, de paz e perdão
De modo a permanecer firme e solta em pleno ar.
Nesta, a fase mais complexa e trabalhosa
investi grande tempo e muito suor.
Bati muito cabeça, mas afinal me pus a flutuar
no tempo e no espaço como balão cheio de ar,
águia que plana em vôo.
A isto chamei de construção do eu,
de espaço vital, de mundo intra-interior.
Marielson Araujo
terça-feira, 15 de abril de 2008
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2 comentários:
Marielson, preferi comentar a partir deste poema porque também gosto de "arquitetar o inaudível e construir o invisível". São esses detalhes que nos dão uma dimensão maior da convivência pacífica com os irmãos, da responsabilidade de seres que não vieram para a Terra como turistas, da importância de "ouvir estrelas" e sonhar sonhos impossíveis.
Adorei seus poemas. Precisa divulgar mais seu blog.
Parabéns!
Marielson, preferi comentar a partir deste poema porque também gosto de "arquitetar o inaudível e construir o invisível". São esses detalhes que nos dão uma dimensão maior da convivência pacífica com os irmãos, da responsabilidade de seres que não vieram para a Terra como turistas, da importância de "ouvir estrelas" e sonhar sonhos impossíveis.
Adorei seus poemas. Precisa divulgar mais seu blog.
Parabéns!
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